Melasma a Nutrição Pode Ajudar
Uma das desordens estéticas que mais impacta a qualidade de vida de quem é acometido por ela é o melasma, uma condição de hiperpigmentação ou hipermelanose facial em que há presença de manchas assintomáticas com disposição simétrica e bordas irregulares, de cor marrom clara a escura.
Há uma prevalência maior em mulheres do que em homens, podendo afetar até 30% do público feminino em idade reprodutiva, em algumas populações.
Alguns dos fatores de risco para seu aparecimento são:
-Predisposição genética;
-Alterações de hormônios sexuais;
-Intensa exposição à radiação ultravioleta (UV);
-Processo inflamatório;
-Alterações tireoidianas;
-Estresse e uso de pílulas contraceptivas.
Sua fisiopatologia ainda é estudada pela literatura científica e segundo estudos histológicos, não se limita apenas aos melanócitos, mas, também, ao aumento de vascularização, da elastose solar e dos mastócitos dérmicos.
Alguns estudos de revisão observam que a síntese de melanina ocorre graças a ação da tirosinase, uma enzima que é dependente do cobre. Estudos comprovam que o zinco compete com o cobre, então uma suplementação de zinco diminui o cobre. Dieta rica em zinco e pobre em cobre poderá ajudar no tratamento.
Sendo assim, frente aos fatores de risco e da fisiopatologia, o nutricionista é um importante aliado na melhora da autoestima dos pacientes, pois pode contribuir para o tratamento efetivo e integrado.
Incluir na prescrição dietética alimentos, nutrientes e compostos bioativos antioxidantes, anti-inflamatórios e com ação fotoprotetora faz parte do manejo nutricional para o tratamento desta desordem estética.
A
quantidade recomendada de cobre é de 12,5mg/dia por kg de peso em adultos de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS):
- O valor de referência - Sexo feminino: 80 a 155 µg/dL.
- O valor
de referência - Sexo masculino: 70 a 140 µg/dL.
MEDIADORES MULTIFATORIAIS:
- Protetor solar é a ferramenta número um e
preferencialmente sem parabenos;
- Evitar o açúcar simples;
- Evitar a deficiência de fitoquímicos e
antioxidantes;
- Gerenciamento do estresse e cuidado com alérgenos
alimentares e ambientais;
- Ter cuidado com encanamento de cobre (água da
torneira).
MEDIADORES NUTRICIONAIS:
Evitar:
- Alimentos processados, especialmente se apresentarem gorduras trans, como
salgadinhos, salsicha, nuggets etc.;
- Açúcar, por agravar o quadro de inflamação;
- Frituras;
- Álcool, que desidrata as células da pele;
- Carboidratos refinados e ricos em farinha branca.
Preferir:
- Alimentos ricos em folato, já que a deficiência de folato pode causar melasma, coma frutas cítricas;
- Mantenha os níveis de cobre adequados, pois estudos mostram que altas concentrações de cobre, aumentam a produção de melanina e isso pode causar o excesso de pigmentação;
-Consuma alimentos que sejam ricos em vitaminas A, C e E, pois esses são potentes antioxidantes como;
Licopeno, alimentos
enriquecidos com molho de tomate;
Óleo de semente de romã;
Cúrcuma longa;
Gengibre;
Alho;
Flavonóides; apigenina (camomila, salsa, tomilho), genisteína (soja e
derivados), fisetina (morango, tomate, cebola), EGCG (chá-verde, chá-branco),
luteolina (aipo, salsa, alcachofra), quercetina (maçã, cebola) e kaempferol
(maçã, cebola, frutas cítricas).
Antocianinas: presentes na casca da uva, nas frutas vermelhas e roxas, no açaí
e na jabuticaba.
Suplementação:
Parrado et al. (2018) apresentam uma revisão apontando a vitamina D3 e ômega-3,
probióticos, extrato de cacau, extrato de romã, extrato de frutas cítricas
associadas ao alecrim e outros nutrientes e compostos bioativos como agentes
fotoprotetores, com ação antioxidante e anti-inflamatória. Inclusive, os
autores pontuam a suplementação com probióticos como Lactobacillus Johnsonii ou
Rhamnosus, sozinhos ou associados a nutrientes, como protetora contra os danos
da exposição aos raios UV.
A Vitamina C, Vitamina E e Betacaroteno. São capazes de modular a expressão de
Nrf2, PGC1α e SIRT1, melhorando o aspecto da rosácea.
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